quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Borges, Dagoberto e Jean são suspensos e só voltam a campo na última rodada


Expulsos no empate por 1 a 1 com o Grêmio, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro, os são-paulinos Borges, Dagoberto e Jean receberam a mesma pena: três jogos de suspensão. Denunciados em diferentes artigos, os três ficam fora dos próximos dois duelos da equipe do Morumbi e só retornam na última partida da competição, contra o Sport.

Dagoberto, único do trio que não compareceu ao tribunal, foi denunciado no artigo 254 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (jogada violenta) e poderia ter sido afastado por até seis partidas, enquanto Jean, julgado no artigo 250 (ato desleal ou inconveniente), pegou a pena máxima de três jogos.

O caso mais preocupante era o do atacante Borges. O jogador seria julgado no artigo 253 (agressão física), mas teve a denúncia desclassificada para o 255 (ato hostil). Em sua defesa, o atacante ressaltou que costuma enfrentar adversários de estatura maior que a sua e precisa usar o corpo para se proteger, mas que nunca recorre à violência.

- Sou um atleta que tem 1,76m de altura. Enfrento jogadores muito mais altos e costumo usar o corpo para proteger a bola. Nunca agredi nenhum companheiro na minha carreira. Nunca fui violento, nunca fui agressivo. Em momento algum eu quis machucar o companheiro. O tempo todo observei a bola – disse Borges.

Apesar da punição, ao fim do julgamento, o atacante tricolor demonstrou certo alívio.

- Vamos respeitar a decisão, não tenho o que questionar. Ficou comprovado na nossa defesa que eu não agredi ninguém. Nunca agredi e nunca vou agredir nenhum companheiro de trabalho. Desde que aconteceu a denúncia, só eu e minha esposa sabemos da ansiedade que vivi. Mas nosso grupo é de muita qualidade e vai tentar buscar o título. Quero voltar na última rodada para ajudar nosso time.

Para o advogado do clube, Roberto Amelin, as sentenças impostas a Dagoberto e Jean foram exageradas. Amelin revelou que o São Paulo vai recorrer já nesta quinta-feira e caso as penas sejam mantidas, o departamento jurídico do Tricolor entrará com um pedido de efeito suspensivo.

- Com relação ao Borges, entendemos que a pena imposta é razoável. Com o Dagoberto acreditamos que eles exageraram. O fato de o jogador sorrir não explica nada, não quer dizer que foi deboche. Ele não é um menino. A do Jean, definitivamente não consigo entender, não tem explicação – avaliou Amelin.


Entenda o caso



Borges recebeu o cartão vermelho por ter dado um tapa e um chute no volante Túlio. Denunciado no artigo 253 (agressão física), ele poderia ter recebido um gancho que varia de 120 a 540 dias, de acordo com o Código Brasileiro de Justiça Desportiva, mas acabou tendo a denúncia desqualificada para o artigo 255 (ato hostil). Naquela partida, o atacante substituiu Washington no segundo tempo, mas ficou apenas 14 minutos em campo: reclamou, tomou cartão amarelo, fez falta dura no adversário, levou a segunda advertência e acabou expulso. O STJD entendeu como agressão.

Dagoberto, que foi excluído da partida por dar um carrinho por trás no mesmo adversário, teve seu nome incluído no artigo 254 (jogada violenta), que prevê suspensão de duas a seis partidas. Já Jean, que fez uma falta já nos descontos da partida, foi julgado no artigo 250 (ato desleal ou inconveniente), cuja pena varia de um a três jogos.

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