domingo, 18 de outubro de 2009

Grêmio supera atuação ruim, vence e complica o Coritiba


O Grêmio vive. Com problemas claros, com um futebol longe do ideal, aos trancos e barrancos, mas vive. E o Coritiba patina. Apesar da qualidade de Marcelinho Paraíba, patina perigosamente, andando de marcha ré no caminho da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Neste domingo, o Tricolor jogou mal, mas contou com novos milagres de Victor para vencer o Coxa por 2 a 0 no Olímpico. Os gols foram marcados por Perea e Souza.

O resultado mantém o time gaúcho na luta pela Libertadores. Subiu para 44 pontos, em sétimo, cinco pontos atrás do São Paulo, o atual dono da quarta vaga. O Coritiba, estacionado na 15ª colocação, tem 34 pontos, cinco à frente do grupo de rebaixados. Precisa abrir o olho.

E agora é tudo clássico para Grêmio e Coritiba. No domingo, a equipe de Paulo Autuori visita o Inter no Beira-Rio. O Coxa recebe o Atlético-PR no Couto Pereira no mesmo dia. Os dois jogos são às 16h.


Falhas, trapalhadas, milagres e gol de Perea

Quase tudo se resumiu aos milagres de Victor e Edson Bastos no primeiro tempo. Para curar as falhas de Grêmio e Coritiba no Olímpico, os dois goleiros tiveram que agir. Não fosse o gol de Perea lá no último minuto da etapa inicial, os atletas que vestem a camisa 1 dividiriam só entre eles o protagonismo dos primeiros 45 minutos.

Gaúchos e paranaenses erraram muito. Especialmente os mandantes. Tcheco parecia estar em outro mundo. Foi desarmado repetidas vezes, desatento, sonolento. Lúcio, Rochemback e Souza também comeram mosca. E o Coxa quase aproveitou. Prevaleceu (nenhuma novidade) a figura de Victor.

Marcelinho Paraíba, pouco importa o passar dos anos, ainda desequilibra. Dois chutes dele, aos quatro e aos 11 minutos, exigiram agilidade do goleiro gremista. Aos 39, o meia-atacante do Coxa deixou Marcos Aurélio na cara de Victor, que precisou sair com coragem para colocar corpo e cabeça na bola – e no adversário. O chute saiu truncado, e a zaga cortou. Cabeceio de Pereira e chute cruzado de Marcos Aurélio ainda ameaçaram a defesa azul.

O Grêmio também teve boas chances. Quase todas pararam em Edson Bastos. Quase. Depois de cabeceios de Mário e de Léo, de chute de Souza, de chute cruzado de Maxi López, surgiu Perea para decidir. Foi pela esquerda da área, aos 46 minutos do primeiro tempo. Ele mandou uma pancada cruzada, alta, no único canto onde a bola poderia entrar. Ela passou feito um raio por Edson Bastos. Foi a redenção de um atacante em um primeiro tempo com destaque para os goleiros.

Chances para o Coxa, gol para o Grêmio

O Grêmio contou com a expulsão de Renatinho no segundo tempo para poder controlar o jogo e manter a vitória com naturalidade. Mas não fez nada disso. Mesmo com um jogador a menos, o Coxa ameaçou. Só não fez porque o gol defendido por Victor parecia blindado contra tiros paranaenses.

Com 11 minutos, Marcelinho Paraíba controlou a bola, caiu com ela, entrou e saiu da área sem ser desarmado. Aí acionou Ângelo na direita. O cruzamento passou por todo mundo na área, menos por Thiago Gentil, que concluiu sozinho, mas para fora. Foi uma oportunidade rara, mas não única. Mais tarde, aos 18, Gentil cabeceou no ângulo. Victor salvou.

E não foi só. O Grêmio continuou jogando mal demais, com falhas bizarras, clamando para levar o empate. Rômulo, aos 29, recebeu sozinho, de frente para Victor. E o goleiro salvou. De novo...

O Tricolor seguiu mal o tempo todo, mas conseguiu amenizar a pressão paranaense. Renato, aos 37 minutos, mandou pancada no travessão de Edson Bastos. Souza, na sequência, aproveitou cruzamento de Maxi López e concluiu para o gol: 2 a 0 e fim de papo no Olímpico.


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